Assim como suas lâminas, a origem dessa palavra ainda é um mistério. O vocábulo Tarot, utilizado na maior parte dos idiomas do mundo, provém do termo tarocco, jogo de cartas que surgiu na França, no século XV.
Não existe hoje um consenso sobre a origem do Tarot, apesar de conhecermos algumas correntes que divergem em alguns aspectos e concordam em outros, sobre a procedência deste enigmático jogo.
As primeiras evidências históricas sobre o Tarot têm procedência em documentos do século XV, na Europa. O jogo de cartas comum já era utilizado como instrumento popular de entretenimento entre as pessoas há alguns séculos, o que colaborou para que o simples jogo de cartas, misteriosamente, passasse a ser usado como uma ferramenta de cunho adivinhatório.
O momento exato em que acontece essa transição do simples jogo de cartas para o método de leitura que ganhou uma roupagem mística e divinatória não é conhecido. O que se sabe é que as 22 figuras estampadas nas cartas, conhecidas hoje no Tarot como Arcanos Maiores, foram incorporadas ao baralho de cartas comum, passando, a partir de então, a tomar a forma tradicional conhecida nos dias atuais.
A popularização do Tarot tomou uma dimensão gigantesca, a ponto de o Parlamento Inglês, sofrendo influência da Igreja, durante o século XV, proibir a importação das cartas, de modo a desenfrear a prática do jogo, associando-a a símbolos utilizados no ocultismo e religiões pagãs.
Em razão dessa atmosfera de enigmas e mistérios pela qual o Tarot é envolto, sua instrumentalização nos dias atuais é bastante diversificada. É possível encontrá-lo com os mais diferentes usos, como ferramenta mística para previsão do futuro, como método meditativo e de autoconhecimento e até utilização terapêutica.
O que não se pode negar é que o Tarot atravessou séculos e permanece até hoje presente na humanidade, não podendo ser conceituado como um simples jogo divinatório. Ele vai muito além de tão pouco! Seja em razão da simbologia contida em cada lâminas ou pela psique humana durante a jornada da vida descrita na transição de um arcano para outro , o Tarot ainda desperta a curiosidade de diversos estudiosos e encanta, misteriosamente, até os mais céticos.
Aquele que quiser verdadeiramente se conectar com os arcanos desenhados do Tarot terá que ver com a alma aquilo que os olhos não podem enxergam, precisará estar curioso e disposto a navegar em suas águas profundas e sensível para que possa perceber seu próprio retrato refletido como um espelho.